O Marketing em Farmácia Comunitária é um assunto cada vez mais relevante e a decisão de aprofundar esse conhecimento demonstra sua visão estratégica para o negócio.
No contexto atual, o marketing não é uma “moda”, mas uma necessidade e absolutamente imprescindível. Se formos ao básico dos ensinamentos do marketing temos os chamados 4 Ps do marketing (Produto, Preço, Ponto de venda e Promoção), mas como adaptá-los à realidade da farmácia?
Produtos temos vários como sabemos, em diferentes categorias e orientados a prevenção e tratamento de patologias ou situações. O preço para alguns produtos está tabelado, para outros poderemos decidir dentre de valores aconselháveis. O ponto de venda ou local de exposição deve estar alinhado com as apostas, promovendo a venda por impulso, mas também a leitura do espaço de forma simples e apelativa ao consumidor e por fim, a promoção ou a forma como promovemos os produtos e chamamos a atenção do consumidor.
Para além dos 4P’s terá de pensar noutras áreas, nomeadamente nos seguintes pontos:
1- Importância de conhecer o público-alvo e suas necessidades. Quem são os nossos clientes, o que vêm, escutam ou onde preferem ir buscar informações? Se conhecermos as personas da nossa farmácia todo o marketing será para alcançar essas mesmas personas. Dessa forma a construção de ferramentas direcionadas será bastante mais eficaz.
2- Análise SWOT da farmácia. Quais as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da nossa farmácia e como em equipa as podemos trabalhar e explorar. Este exercício pode ser feito em equipa e é simples de realizar. Depois é necessário criar um plano de ação que permita fazer acontecer as ideias que foram surgindo.
3-Definição dos objetivos de marketing. O que pretendemos com esta abordagem? Com quem e quando? Para a definição de um plano de ação precisamos de pensar a 12 meses ou mais e depois verter essas ideias para planos trimestrais. A antecipação é o maior segredo para o sucesso, não só para envolver a equipa, como envolver os parceiros e a comunidade.
4-A importância da medição dos resultados. O que não medimos não acontece, por essa razão é fundamental definir as ações e uma forma de as medir. Só com a medição conseguimos perceber se estamos no caminho certo e podemos criar planos de correção para o caso de termos de alterar algo.
Mas que ferramentas e canais de Marketing deveremos escolher?
Neste momento, o Marketing digital será fundamental quer através da criação de um site profissional e otimizado para SEO, por trabalhar de forma intensa as redes sociais (Facebook, Instagram, etc.), mas devemos pensar que o envio de newsletters, sms e outras ferramentas de marketing tradicional podem ser mais valias consoante as personas da nossa farmácia.
Para as publicações do marketing digital, alterne entre posts sobre prevenção de doenças ou dicas de vida saudável, posts sobre produtos ou promoções especiais e ainda exemplos de como utilizar os produtos.
Claro que se colocar vídeos curtos, noticias da equipa e da farmácia o engagement que tem com os seus seguidores aumenta e muito!
Podemos ainda considerar ferramentas de Marketing de relacionamento, tais como programas de fidelização e cartões próprios, valorização de um atendimento personalizado e reforçar os serviços farmacêuticos que podemos colocar à disposição.
Mas sem medição do que se está a desenvolver será difícil perceber se estamos no bom caminho e a receber o retorno do investimento de cada intervenção.
Outra peça da equação é a interação com os parceiros. Até que ponto podemos aproveitar as sinergias que os laboratórios nos podem oferecer? Mas para tal teremos de envolver os parceiros desde o início, apostando na antecipação e no planeamento.
O caminho do marketing estruturado pode levar a sua equipa e farmácia a outros patamares de desempenho. Arrisque!
